terça-feira, 1 de maio de 2012

GÊNERO: CONVERSA TELEFÔNICA


A escrita do texto baseado numa “conversa telefônica entre dois amigos” foi construída contemplando uma sequência de eventos retirada de Lage, Nilson (1993). Estrutura da notícia Editora Ática, SP, e propõe os estudos do Módulo 3 do curso Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade - SEE-SP 2012,a relação existente entre a esfera da atividade e o gênero do discurso.
Pânico
- Alô! Quem fala?
- É Sônia!
- Oi Sônia, aqui quem está falando é o Leonaldo.
- Fala Leonaldo.
- Eu não estou bem, vou ter um infarto!
- Como assim? Infarto?
- É igual da outra vez. Logo pela manhã abro os olhos, consulto o relógio , levanto, vou ao banheiro, escovo os dentes, lavo o rosto, e ouço a campainha. Foi um susto! Logo pela manhã. - Ah! Sintomas do pânico?
- É! não é bem assim, desta vez foi mais sufocado, meu coração disparado.
- Saí do banheiro, caminho até a porta, destranco a fechadura, Abro a porta.
- Você está tomando direito os medicamentos?
- Sim! Ouça.
- Vejo um homem caído na soleira, olho dos lados não há ninguém no corredor, abaixo, toco o homem com os dedos, sinto que o corpo está frio e rígido.
- Fale Leonaldo, você está tomando bebida alcoólica?
- Só bebi uma latinha de cerveja.
- O que? Você está louco?
- Quase louco. Vou ficar pior se não tomar a amarelinha. Aquele homem! Percebo que é um cadáver.
- Socorro! Estou morrendo! Disco o número da central da polícia. Relato tudo que vi, entro em pânico, marco consulta com o psiquiatra. Relato tudo. Não sou loucooooo! Vou morrer!

Sonia Stefani Paes

terça-feira, 24 de abril de 2012

GÊNERO: CONVERSA TELEFÔNICA


A conversa telefônica é um gênero que permeia nosso dia a dia. Hoje com a facilidade dos celulares e suas altas tecnologias, nos comunicamos mais via telefone do que pessoalmente. O interessante são as situações que presenciamos: surpreendentes e inusitadas.
Nosso desafio era produzir uma conversa telefônica, obedecendo uma sequência específica de ações. Por esse motivo os textos apresentarão traços similares, mas também terão toques pessoais de cada autor. Esperamos que gostem! Boa leitura!


ATRASADA, DE NOVO!
- Alô?
- Rosicleide? É você?
- Sim, quem é?
- A Laura!
- Laura? Que Laura?
- Rosicleide...
- Ah! Laurivânia! Tudo bem?
- Já disse para você me chamar só de Laura! E é claro que não está tudo bem! Cadê você que ainda não chegou aqui? A dona Helena tá fuzilando de tanta raiva! Me diga que você já está chegando!
- Tô não!
- Como não? Onde você está?
- Tô aqui no meu barraco.
- Como assim? A dona Helena não disse que você deveria chegar mais cedo, porque hoje ela tem clientes importantes no consultório? Ela até te deu o dinheiro da padaria para você trazer frios e pães frescos para o café da manhã!
- Pois é, mas não vai dá!
- Você só pode tá de brincadeira. Por que não vai dar?
- Por causa do presunto!
- O que que tem o presunto? Acabou? Não tá fresco? Qual é o problema dele?
- Num tá muito fresco, não!
- Pega outra coisa, então, mas vem logo para cá!
- Não posso! O presunto tá aqui na minha porta!
- O quê? Vai me dizer que a padaria faz entrega na sua comunidade? Isso é novidade!  Se já está aí, qual é o problema então? Não estou entendendo nada, dá pra clarear, Criatura!
- Não é o presunto da padaria, não! Laurivânia, tem um cara mortinho na minha porta!
- O quê? Menina, me conta, o que aconteceu? Não vai me dizer que você bateu com força no Renivaldo de novo!
- Não! Vou te contá o que aconteceu. Hoje acordei cedinho, abri os olhos ainda não era cinco horas, olhei o relógio e ainda faltava meia hora, mas resolvi me levantá antes do Renivaldo se não ele nunca mais sai do banheiro. Sabe como é homi, né?
- Rosicleide, se concentra, num perde o foco...
- Ah, então. Fui no banheiro escovei os dente, lavei o rosto, afinal sou pobre, mas sou limpinha, se sabe, nunca cheguei na casa da dona Helena sem passa um batom,  vai que eu encontro seu Gianichine no elevado, nunca se sabe...
- Rosicleide!
- Tá bom, tá bom! Tava terminando de seca o rosto, quando bateram na porta do barraco. Fiquei assustada, era muito cedo. Fiquei quieta, esperano que a pessoa fosse embora. Tudo ficou em silêncio e achei que não era nada, se sabe que a comunidade foi pacificada no mês passado e os homi tão sempre por aí...
- Termina logo essa história, mulher a dona Helena daqui a pouco aparece!
- Aí né, eu saí do banheiro e fui até a porta. Coloquei a orelha na porta e não ouvi nada, destranquei as trava bem devagarinho para não fazê barulho. Quando eu abri a porta, Laurivânia...
- Laura, já disse!
- Vi um homi caído no meu capacho novinho que eu ganhei da dona Helena, aquele que ela trouxe lá do Embu das Arte, lembra? Fiquei tão brava, menina! Olhei tudinho em volta, os beco tava tudo vazio. Então abaixei e puis o dedo no homi pra vê se tava dormino, achei que tava bêbado e tinha errado de barraco. Que nada, Laurivânia, o homi  tava duro que nem pau e gelado que nem sorvete!
- Credo, Rosicleide! Você colocou a mão num defunto?
- E eu lá sabia que era um presunto, Laurivânia? Comecei a grita o Renivaldo! Quando ele viu o cara ficou branco! Daí se imagina o susto dele, aquele negão fica branco precisa de muito!
- O que vocês fizeram?
- O Renivaldo tento liga pros homi da polícia, mas tava sem crédito! Aliás, o dia que Renivaldo se alembrá de colocá os crédito vai chovê presunto...
- Olha o foco, olha o foco!
- Então nóis foi no barraco da Shayane e ela chamo a polícia. Agora os perito tá aqui e nóis temo que testemunhá, então não vou podê ir trabalhá...
- Tá bom, vou tentar acalmar a dona Helena. E amanhã tenta chegar na hora, entendeu?
- Tá bom, Laurivânia, explica pra dona Helena tudo direitinho e não esquece de falá que a culpa foi toda do presunto!
Rosemary Gonçalves

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A LEITURA NA MINHA INFÂNCIA

             


Quando era pequena, lembro da minha mãe lendo várias história para mim. Às vezes, lia e outras mostrava as figuras. Mas os livros pelos quais eu era apaixonada eram e ainda são os de Monteiro Lobato.
Além dos livros, tinham as histórias na TV, eu adorava! Quando assitia a TV, eu nem piscava e com os livros não via a hora de terminar para saber como seria o fim.
Nessa época, estava maior e já lia sozinha. Lia no meu quarto (deitada), até pegava no sono, chegando a sonhar com algumas partes do que havia lido. Era muito maravilhoso!
Bons tempos!!

Dagmar

terça-feira, 17 de abril de 2012

RECORDAÇÃO... LEMBRANÇAS DE UMA ÉPOCA!


Foi em casa o primeiro contato com a coleção de livros que contavam a história de Jesus com ilustrações e textos simples para as crianças. A leitura e entendimento do texto ocorreram primeiramente através das imagens, aguçava a curiosidade. Na escola primária meus pais compraram coleções de fábulas, eu gostava de ler: “A gansa de ovos de ouro”, “A raposa e as Uvas” “A cigarra e a formiga”, “A Lebre e a tartaruga”...



Sonia.

domingo, 15 de abril de 2012

A VITALIDADE DA LEITURA


"Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê!"

(Monteiro Lobato)




A leitura é vital para todos nós. Precisamos fazer dessa necessidade uma realidade prazerosa.
Lembro que, quando era pequena, torcia para que em dias de tempestades o fornecimento de energia elétrica fosse interrompido para que todos pudessem se sentar na sala e trocarmos histórias. Os "causos" que não ouvimos mais eram sensacionais!
Quantas saudades!!

Rosemary Gonçalves

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O PRIMEIRO CONTATO COM A LEITURA


Olá pessoal! Estamos começando um novo desafio. A leitura em nossas vidas e as marcas eternas que deixam em nossas almas. A construção dos valores e do caráter do ser humano em busca de um mundo melhor!!
Lembro que meu primeiro contato com a leitura aconteceu cedo, ainda muito pequena. Meu pai, que todas as noites nos punha para dormir, sempre o fazia através da narrativa de uma bela história. Muitas vezes, dormia no meio de um fato importante e ansiava pela noite seguinte para retomar à história e satisfazer minha curiosidade. Com esse incentivo aprendemos a amar a leitura logo cedo. Ainda na infância, recordo de um livro que me marcou muito: Robinson Crusoé, de Daniel Defoe. A narrativa me fascinava, a aventura permeava minha imaginação, era como se eu estivesse lá vivendo aqueles momentos de suspense e ação. A sensação do coração batendo acelerado, o frio no estômago, tudo isso alimentava a vontade de ler mais e mais. Essas marcas que ficam na gente são cicatrizes que nos fazem pessoas melhores, detentoras de um passado de valor inestimável. Já na adolescência com outros rumos e pensamentos, o livro A Metade Arrancada de Mim, de Izaías Almada, foi a referência que durante muito tempo alimentou meus ideais de luta em busca da justiça e valorização das pessoas ultrajadas pelo poder irracional de líderes monstruosos. Enfim, a leitura faz parte da vida da gente e nos ajuda a construir nossa história. Através da leitura criamos novos valores, conhecemos realidades distantes e escolhemos nossos caminhos para um mundo mais humano.

Rosemary Gonçalves